Sobre a Ana

                                                         Sou a Ana Cristina,  alentejana  e vivo no Alentejo da praia.
    Como a agulha e a linha a  vida dá muitas voltas, o que me levou de há três anos para cá a fazer da arte com fio, principalmente croché, uma ocupação diária, onde encontro paz,  tranquilidade e estou bem comigo mesma.
        Mas este gosto por fios e linhas não é recente. Tem cerca de quarenta anos.  Aos  oito anos pedi à minha mãe linha e agulha. Ela  fez-me a vontade. Dois pequenos novelos de linha, branco e verde,  e uma agulha passaram a andar num pequeno saco de pano.
    Minha mãe aprendeu e sempre fez croché prendendo a linha ao ombro e não sabia ensinar outro preceito. Mas eu já tinha alguém! . Há muito que  passava horas sentada ao lado da vizinha Elvira, sem desviar o olhar das suas mãos, seguindo sem pestanejar as laçadas e voltas da agulha na linha entre mãos, adorando os padrões de croché que resultavam daquela dança. Sentadas no peal da porta de casa, ela ensinou-me todas as técnicas necessárias para iniciar o croché. Não tardou,  que sozinha, sentada ao peal da porta de casa fizesse  croché sobre os meus joelhos. Daquele novelo de linha  verde fiz uma pega, o meu primeiro  trabalho, que guardei  até hoje. A  partir dali, foi por em prática  o que vizinha Elvira  ensinou, variando os  padrões de croché e de forma espontânea sempre  consegui  fazer  qualquer ponto,  é como se as minhas mãos soubessem sempre  as voltas a dar com a agulha e a linha, como uma dança há muito aprendida. Nos últimos quarenta anos sempre tive caixas com fios e revistas e desde o croché tradicional até vestuário, para mim e para os meus três filhos foram feitos.Mais tarde tentei o tricô, bordados e  a costura  e também me sai bem..
Primeiros trabalhos aos 8 e 9 anos
          Partilho o gosto por aqueles  lavoures de agulha e fio, mas primeiro o croché.

   Gosto  e prefiro as cores vivas e fortes, gosto de criar e inventar nos meus trabalhos, quero ser criativa e original!
   Para iniciar e criar  uma peça tenho mesmo que estar "apaixonada " pela ideia. Coloco tudo no papel, esquemas, gráficos, cores e  tenho que ter todo o material  definido sendo algumas vezes inevitável o  faz e desmancha até conseguir o que realmente fica bem, é bem feito e que gosto!
Mas como não há bela sem senão, que não seja exemplo para ninguém, confesso que nunca tenho um único trabalho iniciado, tenho sempre vários, não consigo evitar! As cestas e as caixas de fios fazem companhia umas às outras, mas tem um lado positivo. Desta forma sou mais criativa e mais atenta  a alguma alteração favorável entre uma peça e outra.
Certo é  que levo mais tempo a terminá-los,  quase nunca  terminam  respeitando  a ordem  inicial, do primeiro para o último, mas ficam prontos.
 Sou assim, não consigo evitar!
Entre mãos vou continuar a dança com agulhas, linhas e fios,  mesmo quando me dizem, e dizem, que isto não serve para nada!
Mas para mim serve, faz parte  de mim, facto assumido e é para continuar, com  muito a melhorar e a aprender e agora a  partilhar  convosco neste blog, onde  vou descobrindo aos poucos tudo o que ele permite.

Abraço,
Ana Cristina

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